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BANGKOK, TAILÂNDIA - SINTA-SE A VONTADE

  • masf125
  • 18 de nov. de 2018
  • 9 min de leitura

Atualizado: 7 de set. de 2020




Imagine uma cidade diferente. Motocicletas infindáveis em meio a um trânsito caótico, prédios, barraquinhas de rua, calçadas esburacadas, becos, boa rede hoteleira, shoppings sofisticados, templos maravilhosos, calor, muito calor, e você passeando tranquilamente em meio a tudo isso. Assim é Bangkok. Esqueça suas ideias prévias, você vai conseguir se comunicar, deslocar-se pela cidade e se alimentar sem traumas. E depois dessa viagem, vai querer voltar. Está duvidando? Bangkok tem o poder do encantamento.


Como se virar

Bangcok tem dois aeroportos, provavelmente você chegará pelo Survanabhumi. Antes de passar na imigração, há um local em que você tem que apresentar sua carteira internacional de vacinação da febre amarela (não se esqueça de providenciar), você preenche um formulário e eles lhe dão um papel que você mostra na imigração. Você desembarcará no piso 3. Como precisará trocar dinheiro pela moeda local, desça dois andares e procure as casas de câmbio próximas à entrada do metrô, onde a cotação é bem melhor, inclusive comparada com as casas de câmbio da cidade. Se for ficar em um hotel próximo ao metrô já pode sair do aeroporto, senão vá ao piso 2 e do lado de fora procure as máquinas que dão a senha para os táxis. Há dois tipos de táxi: os pequenos e os grandes que podem acomodar um número maior de pessoas e de malas (as filas são diferentes). Na maquininha você pega o número do local do estacionamento onde está seu táxi. O motorista vai estar lhe esperando. Aí começam alguns dos seus problemas: o motorista provavelmente não vai falar inglês e talvez não saiba onde é o seu hotel, não vai ligar o taxímetro e no meio do caminho vai lhe pedir dinheiro para o pedágio. Pelo que entendi depois, as corridas para o aeroporto são mais ou menos tabeladas e o dinheiro do pedágio depois é descontado da corrida. Se você pegar um motorista que ligue o taximentro, você terá que pagar os pedágios a parte e uma taxa de 50 baths devido às malas. De qualquer forma, não fique chateado, seu dinheiro vale muito na Tailândia e mesmo que o motorista do táxi cobre mais de você, a corrida ainda será barata. E outra, não ligue para a cara de poucos amigos deles, é o padrão dos taxistas por lá. O aeroporto de Don Muang também tem um serviço bastante eficiente de táxi.

Chegando ao hotel a coisa muda de figura. A receptividade, a vontade de agradar o turista, a limpeza, o conforto das acomodações são surpreendentes. A qualidade da rede hoteleira você começa a constatar quando procura fazer as reservas. Geralmente os quartos são amplos e oferecem grátis água mineral e facilidades para café e chá. Onde se hospedar? Depende do seu foco principal na cidade. Pegue o mapa. Se o interesse é visitar a área histórica, fique por perto e conseguirá fazer os pontos principais à pé. Perto da Khao Sam Road há muitos hotéis e hostels mais em conta mas o local é mais agitado. Perto do River Side o preço sobe um pouco mas é uma boa opção. Quer ficar na região mais moderna? Os hotéis mais luxuosos estão por lá. Da última vez que fui à cidade fiquei hospedada próxima aos shoppings e achei excelente a escolha. Fácil para comer, para as compras e para pegar táxi. Por quê? Eu pegava táxi no shopping sempre com uso de taximetro. Bangcok tem poucas linhas de metro que não chegam a todos os pontos que você irá querer visitar e os ônibus, não, esqueça os ônibus. Portanto você terá que pegar táxi para ir a muitos lugares independente de onde você estiver hospedado. Táxi é o que não falta na cidade, o problema é conseguir um táxi que use o taxímetro porque aí a corrida fica muito barata. Geralmente nos lugares turisticos, o taxista vai querer negociar um preço e você vai jogar esse preço bem mais para baixo. Se ele não aceitar, ele arranja outro que aceite. A sensação de estar sendo extorquido sempre irá existir mas lembre-se, você estará pagando pouco pelas corridas e você nunca sabe quanto tempo estará preso no trânsito. Dê preferência a pegar os táxis fora dos locais de muito agito, nos shoppings e no ponto dos hotéis e peça para ligar o taximetro. Os tuctucs também existem na cidade mas parecem muito inseguros para aquele tipo de trânsito além de desconfortáveis e, na maior parte das vezes, os condutores querem um preço exorbitante ou tentam enrolar você para levá-lo para algum outro lugar. Outra opção é usar o serviço de Uber mas nem sempre você consegue carro com facilidade.

A cidade parece bem segura. É claro que batedores de carteira existem e se lêem avisos sobre eles nos locais com maior aglomeração e, se você aparentar ser um turista perdido com certeza vai aparecer alguém muito simpático, falando bem o inglês, oferecendo ajuda e colocando você num tuctuc para algum passeio em que será explorado. É só ficar esperto. A população é muito acolhedora e esse é um grande diferencial de Bangcok, é como se a cidade fosse sua também. Você pode andar por ruas às vezes estranhas que ninguém vai ficar olhando você de uma forma diferente.


Prepare-se para derreter. Nos dias de mais calor, o desconforto é grande e não há como contornar. Você ficará com a roupa grudando no corpo, cabelo molhado, rosto brilhando, e não terá como disfarçar na foto. Não ligue, depois você até acaba acostumando. Ande sempre com uma garrafinha de água. Nos templos maiores a água é distribuída grátis. E já que você está desajeitado mesmo, se estiver sol, vale até um boné ou chapeuzinho. Elegância zero

Quando for conhecer os templos cuidado com as roupas que irá usar. Há o respeito à religião e você não poderá entrar nos complexos dos templos com joelhos ou ombros à mostra e há lugares em que nem calças leggings são permitidas, portanto, providencie roupas adequadas e frescas. As mulheres tem a vantagem de poderem usar as saias tipo sarongue ou as calças pantalonas de tecido fresquinho que são vendidas em qualquer esquina e que muita gente acaba usando devido ao conforto. O problema é só a foto. Ah, dentro dos templos você também tem que tirar os sapatos. Você vai encontrá-los na saída mas uma sacolinha plástica para carregá-los com você facilita.

Hora de comer? Se a alimentação na Tailândia é o que deixa você receoso, pode relaxar uns 50%. Lá se tem muita comida de rua, nada atraente e em barraquinhas com higiene duvidosa mas você pode escolher um restaurante e comer mais tranquilo. A maioria dos restaurantes também é simples. Procure referências para escolher os mais recomendados e coloque-os no seu mapinha porque não dá para avaliar a qualidade da comida pelo aspecto do mesmo. Apenas tome cuidado com os sucos com muito, mas muito gelo, que eles costumar servir. Não dá para saber que água eles usaram. A comida tailandesa prima pelos temperos. Usa-se muito o arroz, você irá enjoar de comer o fried rice. Frequente também é o phad thai, à base de macarrão. Tanto um quanto o outro tem vários sabores, não que mude muito, mas tem alguns bem gostosos. O restante da comida tem uma tendência a ser muito apimentada. Prepare-se porque mesmo pedindo a comida não picante, o pouco deles é muito para quem não está habituado. A sobremesa típica é um tipo de arroz doce com fatias de manga. Dá para comer sem medo.

No final do dia, se estiver muito calor, você estará realmente cansado, então aproveite para fazer uma massagem tailandesa. Tem casas de massagens em todos os lugares. Não deixe de experimentar.

Ah, e trocar seu dinheiro na cidade é bastante fácil. Casas de exchange em toda a parte e, na maioria das vezes, nem pedem o passaporte. A moeda deles é o baht. Se levar dólar, as notas de 50 e 100 tem valor maior.


Indo aos templos


Grand Palace

Exuberantes. Você não espera pela beleza que vê. Os templos principais de Bangcok são lindos, mas muito lindos mesmo. Pena que a multidão é tão grande que você não consegue apreciá-los com tranquilidade.


Grand Palace

Wat Pho

Wat Arun

Reserve algumas horas para os templos principais da cidade: Grand Palace, Wat Pho e Wat Arun. No Grand Palace, o maior de todos, você irá ver o Templo do Buda Esmeralda e no Wat Pho, o impressionante Buda Reclinado. Esses templos são muito grandes, ricos em detalhes e ficam ao lado um do outro. Com um pouco de energia você conseguirá visitar os dois no mesmo dia mas se quiser ver tudo com calma, faça as visitas em dias diferentes. A imagem do Buda Reclinado do Wat Pho é uma das mais importantes da Tailândia, com 43 metros de comprimento e 15 de altura, a imagem é toda folheada a ouro. O Grand Palace é um complexo de edifícios que serviu de residência oficial do rei da Tailândia até o século XX.

Atrás do Wat Pho, perto do rio, há uma rua com várias lojinhas e restaurantes. No final desta rua, entre o Wat Pho e o Grand Palace, você terá acesso ao barco que atravessa o rio e o leva para o Wat Arun, o Templo do Amanhecer. O templo fica do outro lado do rio e é um cartão postal da cidade. A travessia é baratíssima e dura apenas alguns minutos. Vá até lá. A visita ao templo é rápida e ele é bem diferente dos demais. Sua torre principal, a mais alta de Bangkok, é toda revestida de cerâmica. Lindíssimo.




Buda Reclinado no Wat Pho

Se visitou estes templos, fique tranquilo, agora é só entrar nos outros que cruzam seu caminho porque o principal você já fez. Não deixe de entrar em nenhum deles.

E novamente, não se esqueça da roupa adequada, senão você vai ficar do lado de fora.




Grand Palace

Wat Arun


Mercados, lojinhas e shoppings


Quer comprar coisas típicas da Tailândia? É irresistível. Os preços são muito baixos e se não tomar cuidado você depois não fecha a mala. Tem muitas lojinhas e barracas pela cidade. Nunca deixe de pechinchar. Os preços iniciais já incorporam a margem da pechincha. Pode falar apenas a palavra “discount” que o preço já começa a cair. Se não falar nada, no final, eles mesmos dão uma diminuída. Pedir desconto faz parte da compra e da diversão.


Há alguns mercados legais e alguns noturnos também. Se estiver por lá no final de semana, não deixe de ir ao Chatuchak Weekend Market, o maior da Tailândia. É enorme, colorido, vibrante. Lá tem de tudo e a bons preços. Reserve boas horas para andar em seus corredores. O mercado é dividido em setores. Tem artigos típicos de toda a Tailândia, souvenirs, peças em madeira, cerâmicas, artigos religiosos, alimentos, uma infinidade de pachmiras, seda...Muito legal. Para quem está hospedado perto de estação, tem metro e o skytrain para lá.


Chatuchak Market









Bons shoppings

O seu negócio é shopping? Boa noticia, os melhores estão um ao lado do outro. Vão do mais luxuoso ao mais simples: Siam Paragon, Siam Center, Central World, MBK. Mais algum? O Terminal 21, onde cada andar é ambientado em um país diferente, o Siam Square. Em alguns shoppings, há grandes supermercados com áreas de alimentação enormes.

O que comprar na Tailândia? Souvenirs, artigos para decoração (madeira, gravuras), cerâmicas, roupas e cosméticos. Os cosméticos na Ásia tem uma qualidade muito boa e bom preço. Se for comprá-los, dê uma pesquisada com antecedência nas marcas e produtos que lhe interessam, faça a lista e saia à procura. Muitas marcas você encontra nos supermercados dos shoppings (gosto muito do supermercado do Siam, sempre tem ofertas) e em algumas lojas de cosméticos. Valem a pena os hidratantes, sabonetes faciais, protetores solares. Lá você também encontra com facilidade os produtos da Bioré, da Hada labo e os shampoos Tsubaki (linha de shampoos da Shiseido). Vá também nas lojas Beauty Buffet (tem duas no MBK Center) com produtos tailandeses muito bons, principalmente a linha para cabelos Scentio. Ah, e quanto às imagens de buda, lembre-se que eles são sagrados e devem ser comprados apenas com este intuito.



Khao Sam Road



Rua pequena e movimentada voltada para o turista, cheia de barracas, lojinhas e lugares mais simples para comer. Muito famosa mas nada especial, se estiver passando por perto vá lá e dê uma olhada.





AYUTTHAYA - O MELHOR BATE E VOLTA DE BANGKOK


Foto do templo Wat Yai Chai Moghon em Ayutthaya, Tailândia
Wat Yai Chai Mongkhon

Pertinho de Bangkok tem a cidade de Ayutthaya. Capital do antigo Sião, foi construída a partir de 1350 e foi um dos locais mais prósperos da região. Pena que foi invadida pelo exército birmanês no século XVIII e teve que ser abandonada. Hoje podemos visitar as ruínas de seus inúmeros templos e imaginar como ela era nos seus tempos de glória.

Fica a 80 km de Bangkok e cabe perfeitamente em um passeio de um dia. Você pode chegar nela de ônibus ou trem mas devido ao tempo que se gasta deste jeito, pelos templos serem distantes uns dos outros e de qualquer forma você ter que contratar algum transporte por lá para conhecê-los, mais fácil você contratar um passeio saindo de Bangkok. Sempre gosto de fazer as coisas por conta própria mas, neste caso, um passeio programado fica bem mais tranquilo, produtivo e com um preço equivalente a ir sozinho e olha, até que não incomodou muito.

São muitas paradas em vários templos (nem tente saber o nome deles). Cenários lindos que muitas vezes lembram as construções de Angkor no Camboja. Vá bem confortável, preparado para andar bastante mas não se esqueça que visitará templos e portanto, terá que estar vestido adequadamente.

Se for com passeio, contrate perto da Khao Sam Road ou no seu hotel. Não se esqueça de pechinchar porque eles melhoram o preço. A saída é bem cedinho e o transporte é feito por van.

Vou postar algumas fotos para vocês ficarem com vontade e não deixarem de ir.


foto Wat Phra Mahathat em Ayutthaya, Tailândia
Wat Phra Mahathat


Buda Deitado, Wat Lokayasutharam, Ayutthaya, Tailândia
Buda Deitado do Wat Lokayasutharam
Cabeça do Buda entre as árvores no Wat Mahathat















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